Respostas práticas

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Em março de 2012 os jovens tucanos da Região Sul estiveram reunidos e juntos divulgamos a “Carta de Florianópolis”. Na carta criticamos a centralidade dos recursos na União e reafirmamos nosso compromisso com os municípios, defendemos um novo pacto federativo que reorganize a distribuição de recursos e impostos que desonerem os que produzem empregos e riqueza. O contexto agravou-se em pouco mais de um ano.
A Região Sul tem mais de 20% dos municípios do país, sua economia é responsável pela garantia do equilíbrio fiscal do país, mas sofremos com um déficit estimado em mais de 45 bilhões de reais numa comparação entre o que se contribui e o retorno conferido pelo Governo Federal. O Paraná, por exemplo, é o 5° estado que mais contribui em arrecadação, em contrapartida é o 25° entre os que recebem recursos. As perdas com as “isenções” feitas pelo Governo Federal custaram só ao Paraná cerca de 1 bilhão de reais aos caixas do estado, isso, sem contar as grandes perdas contabilizadas pelos menores municípios, com a queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Com isso, quem sofre é o povo.
A despeito dos protestos de junho deste ano, assistimos, consternados que a corrupção ainda é prática corriqueira nos palácios de Brasília, impunidade é deflagrada com a liberdade dos mensaleiros condenados e da não cassação do deputado prisioneiro Donadon.
A juventude espera respostas práticas, de nada adianta um Estatuto da Juventude, que efetivamente não alterou em nada o dia-a-dia dos nossos jovens. Precisamos lutar para garantir que o Sistema Nacional de Juventude saia do papel, e que contemple as reais necessidades da nossa juventude. Os anseios dos jovens vão muito além do debate da meia-entrada. A juventude quer garantias de direitos, a juventude quer sua emancipação; para que levemos a cabo este sonho, o Fundo Nacional de Juventude deve ser criado e regulamentando, de forma que essa repactuação garanta aos municípios e os estados 70% dos recursos deste Fundo.
O Brasil precisa, nas palavras do governador Mário Covas, radicalizar a democracia, precisamos disseminar a alma democrática em nossa população e vencer a crise que a nossa democracia representativa atravessa. Não podemos mais perder tempo, devemos reconstruir nossas instituições respeitando as diversas e plurais formas de expressão, como pudemos observá-las difusas em junho, se assim o fizermos, de forma que os novos sentimentos e anseios da população sejam devidamente representados, manteremos erguida a bandeira da democracia e da liberdade, evitando assim, a violência ou, até mesmo o autoritarismo.
Cabe a nós, jovens tucanos, seguir os conselhos do Presidente Fernando Henrique Cardoso, “passarmos da escuta à ação, para tecer os fios institucionais pelos quais possam fluir os anseios de liberdade, participação e maior igualdade que todos ansiamos.”

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