Feliz Ano Novo!

Alguns anos atrás em Curitiba, um grupo marcou através das redes sociais uma comemoração do ano novo para a primeira semana de março. Milhares de pessoas lotaram a Praça da Espanha, ponto de encontro do evento. Apesar de curioso, a celebração era uma alusão irônica (ou não) ao costume de se dizer que no Brasil o ano começa após o carnaval.

Contudo acredito que não pode haver nada mais contraproducente, improdutivo e lento ao desenvolvimento de planos, que sejam individuais ou institucionais, do que deixar tudo para depois do carnaval. Destaco ainda mais meu pensamento sobre questões políticas.

Pois bem, passamos o carnaval e 2019 já pode começar aos que, imprudentemente, ainda não o principiaram.

Governos estaduais eleitos no ano passado já tiveram mais de 60 dias para esquentar a cadeira, descobrir como a banda toca e mostrar a que vieram. Passou o tempo dos anúncios cheios de ineditismo (que são inéditos apenas aos novos governos), a cobrança virá forte, espera-se destes um rumo, ou seja, qual o caminho que seu estado seguirá nos próximos anos. Espera-se concretude, sem devaneios, promessas vagas ou respostas subjetivas.

Por exemplo, essa semana, em reportagem do Jornal Nacional, foi apresentada a superlotação de uma maternidade em Goiânia. A resposta do novo governo foi que há a intenção de se construir uma nova, com o dobro do tamanho da atual, contudo, sem previsão de acontecimento por falta de orçamento. Promessas de campanha com o governo na mão, enquanto isso bebês recém-nascidos são atendidos em cadeiras de espera, por falta de dinheiro para a maternidade já existente! Nada mais vazio que resposta como esta.

Dos governos reeleitos espera-se ainda mais, por óbvio, seus governadores têm o leme às mãos há mais tempo, já tem consciência do que tem que ser corrigido ou melhorado e sabem como a banda toca. Cito a escalada da violência que o assistida no Ceará no começo deste ano, é inaceitável, um afronte direto poder público!

Já o Governo Federal quase que diariamente está às voltas com polêmicas desnecessárias: Discussão de Whatsapp vazada pelo filho do presidente e pelo então Ministro da Secretaria-Geral, declarações infelizes de ministros, Laranjal do PSL, discurso improvisado do presidente sobre democracia que gera desconfianças, vazamento de grupo de Whatsapp da bancada do partido do Presidente, \”Caso Queiroz\” e o \”Caso Golden Shower”, a joia da coroa.

Concomitantemente, este mesmo governo teve boas iniciativas e vitórias, como a eleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) à presidência do Senado, o “Pacote Moro”, anticorrupção e de combate a violência, e a proposta da Reforma da Previdência. Notadamente tais vitórias e iniciativas podem ser creditadas aos ministros Onyx Lorenzoni, Sérgio Moro e Paulo Guedes, respectivamente.

Em suma, desejo feliz ano novo ao Presidente Jair Bolsonaro, aos seus filhos e correligionários, que cada um possa cumprir seus papéis constitucionais. O Brasil precisa de um presidente que seja presidencial, tenha capacidade de unir o país e, especialmente, fazer com que o “Pacote Moro” e a Reforma da Previdência, com seus devidos ajustes, sejam aprovados.

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